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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A NOITE DECISIVA

A NOITE DECISIVA
Pr. Samuel Barreto

A inquietante pergunta de Isa.21.11 a respeito de inesperado acontecimento nas caladas da noite ilustra a angústia e a perplexidade do mundo inteiro no dia seguinte ao arrebatamento da igreja. Vejam o texto: “Guarda, o que houve de noite?” Tanto no Velho como no Novo Testamento, destacam-se vários acontecimentos de grande importância ilustrativa em relação ao arrebatamento da verdadeira igreja de Jesus. “Enoque foi arrebatado antes que o julgamento de Deus caísse sobre o povo mau daqueles dias. Isto mostra como Deus primeiramente nos envia um aviso profético. Remove os justos e executa seu julgamento. Mais tarde, a Bíblia nos diz que também o profeta Elias foi levado para o céu nos carros do Senhor.” Foi à meia noite que Deus libertou milagrosamente Paulo e Silas de uma pútrida prisão romana enquanto Lhe entoavam louvores perante os demais prisioneiros, conforme está escrito em At.16.25: “Por volta da meia noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus e os outros presos os escutavam. De repente...logo se abriram todas as portas e foram soltas as prisões de todos.”
Orando, louvando, servindo e adorando, deve ser a vida constante dos verdadeiros crentes que crêem no arrebatamento, sabendo que, num abrir e fechar de olhos, seremos tomados perante os que nos cercam e levados para o céu, escapando para sempre das garras do mal. Isso pode acontecer a qualquer instante como prenúncio da eterna aurora de Deus com seus remidos. Escrevendo sobre o assunto no jornal Chamada da Meia Noite, diz Norberth Lieth o seguinte: “Na Bíblia, a hora da meia noite é um símbolo, uma alegoria da hora da vinda de Jesus. Por exemplo, em Mt.25.6 está escrito: ‘Mas à meia-noite ouviu-se um clamor. Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro.’ Por isso tal horário é uma ilustração do juízo para o mundo incrédulo...e redenção para os que crêem em Jesus Cristo no arrebatamento da Sua igreja.”
Prosseguindo, Lieth cita Ex.11.4; 12.29, quando à meia noite, todos os primogênitos egípcios foram mortos e o povo de Deus foi liberto do domínio faraônico, simbolizando a condenação do mundo e o arrebatamento da igreja de Jesus, conforme descrito em Ex.12.31: “Naquela mesma noite, Faraó chamou Moisés e disse: Levantai-vos, saí do meio de meu povo, tanto vós como os filhos de Israel. Ide e servi ao Senhor, como tendes dito.” “Por ocasião do arrebatamento, todos os salvos pelo Sangue do Cordeiro serão tirados do mundo e levados ao encontro de Deus a fim de adorá-Lo e servi-Lo no Seu Reino.”
Ainda segundo Lieth, foi também à meia noite que Boaz se encontrou com Rute, selando um casamento como símbolo do encontro entre Cristo e Sua igreja. Vejam o texto de Rute 3.8: “E sucedeu que pela meia noite, o homem estremeceu e se voltou; e eis que uma mulher estava a seus pés.” Diz o autor que isso ilustra a posição correta da igreja composta de todos os salvos aos pés de Jesus. Também Jó 34.20, segundo Lieth, aponta profeticamente para o arrebatamento e para o juízo divino sobre a humanidade durante a grande tribulação nos seguintes termos: “À meia noite, os povos são perturbados e passam; e os poderosos são tomados por força invisível.” “Os povos serão perturbados pela repentina retirada da igreja de Jesus desta terra. Vemos portanto como o conceito da meia-noite se estende pela Bíblia como um fio vermelho, simbolizando a vinda do Senhor Jesus Cristo para buscar Sua igreja comprada com Seu sangue e para exercer juízo sobre a terra.” ( Chamada da Meia Noite, fevereiro de 99, pp.8-10).
Seja qual for a hora do dia ou da noite, a PAROUSIA é um acontecimento profético inadiável, devendo estar bem vivo e arraigado no coração dos crentes desde os tempos primitivos até quando se tornar realidade no contexto do fim. Falando sobre o assunto, Jeffrey cita o 16o capítulo dos escritos não canônicos de 120 d.C. que passaram a ser conhecidos como O ENSINO DOS 12 APÓSTOLOS, onde se diz: “Vigiai pois pelo próprio bem de vossas vidas. E que vossas lâmpadas não estejam descuidadas, nem os vossos lombos descobertos; mas estejais prontos, pois não sabeis a hora na qual o Senhor há de vir...Jesus virá e todos os seus santos com Ele; então, o mundo verá a vinda do Senhor sobre as nuvens do céu.” ( Grant R. Jeffrey, op. Cit. P.48). Tudo isso nos convence de que devemos estar preparados para encontrar nos ares o nosso precioso Salvador Jesus Cristo a fim de reinarmos com Ele para sempre no céu de Deus. Como está a sua vida, leitor amigo? VOCÊ ESTÁ PRONTO?
Conheço um irmão que não tem levado a sério sua vida cristã normal. No último encontro que tivemos a fim de adverti-lo sobre o assunto, ele me contou comovido sua dura experiência. Estava certa noite dormindo, quando despertou pela madrugada, sentindo a ausência da esposa ao seu lado. Julgando ter saído de repente, adormeceu despreocupado. Ao acordar normalmente às seis horas da manhã, descobriu que, de fato, ela não estava em casa. Lembrando-se de Mt.24.40-42, ele foi tomado por um pânico tão terrível que saiu apressado, rumo à casa da irmã Zefinha – uma crente fiel – daquelas que vão pro céu “com tripa e tudo.” Batendo-lhe à porta, seu esposo veio atendê-lo. Desesperado e aflito, foi logo dizendo que queria ver a irmã Zefinha, pois só com sua presença ele poderia se convencer de que o arrebatamento da igreja não teria ocorrido. Ao vê-la chegando à sala de visitas, seu coração descansou, enquanto lhe era informado que sua esposa foi cedo à casa da mãe a fim de atender uma necessidade pessoal. Ufa! Que alívio! Felizmente, tudo não passou de um mal entendido.
Mas quando se der o arrebatamento, o que será de muitos religiosos que nunca passaram por uma genuína experiência de conversão? Que será de muitos membros de igreja que vivem uma vida religiosa formal, sem ter certeza de sua salvação em Jesus? Quando era pastor em Alagoas, fui procurado por um irmão que me disse bastante emocionado: “Pastor, há 20 anos que sou membro de uma igreja batista. Freqüento os cultos normalmente, canto no coral, contribuo e prego o Evangelho, mas só hoje eu passei por uma experiência de conversão, obtendo certeza de vida eterna.” Num retiro de pastores, após uma mensagem tocante do orador oficial sobre vida profunda com Deus, um colega, que há muito pastoreava uma boa igreja no estado de Pernambuco, queria ser batizado novamente, alegando que só agora passou a ser um verdadeiro crente em Jesus Cristo. Tais fatos nos levam à história contada por Jesus em Mt. 25.1-13 sobre as dez virgens néscias e prudentes.
“Dez era o número de uma companhia entre os judeus ou duma família para comemorar a Páscoa...Dez tochas eram o número usual nos cortejos nupciais.” As cinco néscias representam a “comunidade dos religiosos que vestem a capa da religiosidade, mas que não possuem a fé verdadeira” em Jesus Cristo. As lâmpadas “eram uma espécie de tochas” na ponta de uma vara, onde se aclopava um vaso contendo combustível e um pavio, bastante usadas em festas de casamento no contexto cultural da época, tendo DEZ como número tradicional. A falta de azeite representa a ausência da graça divina ou o dom do Espírito Santo “sem o qual a tocha pode bruxulear, fracamente a princípio, para logo se apagar inexoravelmente.” Assim sendo, as cinco néscias simbolizam o cristão formal, religioso por tradição que lhe falta uma profunda experiência com Deus como fonte de vida eterna. É como aquele produto há muito propagado na mídia chamado DENOREX. Tinha tudo de remédio mas não era remédio. Todo crente “denorex” é como virgem néscia. Tem tudo de crente mas não é crente. Falta-lhe “azeite,” vida com Deus. É como o vale de ossos secos descrito em Ezequiel 37. Se esta for a sua situação, deve cuidar logo antes que seja tarde demais, pois o arrebatamento da verdadeira igreja de Jesus está às portas. Conheço muitos crentes que parecem vivos mas estão mortos. Os tais se constituem verdadeiros DEFUNTO MAQUIADOS.
Dizem que certo cidadão da elite social faleceu. A fim de evitar um visual desagradável, próprio de todo estado fúnebre, a família enlutada mandou maquiar seu rosto para que todos se sentissem bem ao contemplá-lo, nas exéquias, pela última vez, O maquiador caprichou tanto no serviço que o cadáver parecia estar vivo, de olhos abertos, semblante alegre e sorridente. Lá pelas tantas da madruga, chegou um dos seus velhos amigos de botequim, completamente embriagado, a fim de prestar-lhe sua última homenagem. Apoiando seu braço direito ao dorso, conseguiu elevar o corpo inerte à posição sentada. Surpreso com a estranha naturalidade, olhou-o bem de perto e, num gesto rápido, retirou o braço que o apoiava, vendo-o tombar de volta ao fundo do ataúde. Não se contentando com a primeira experiência, repetiu a operação por duas vezes, vendo-o tombar descontroladamente como sempre. Virando-se para os presentes que, em silêncio tudo contemplava, disse em sotaque próprio dos ébrios: “Oi, galera, Está faltando alguma coisa aí.” E estava mesmo. Estava faltando vida.
Assim são crentes sem “azeite”. Têm tudo em matéria de aparência física, social e religiosa mas estão mortos espiritualmente. Suas vidas cristãs são frias, geladas como defuntos maquiados. Ser crente é ter vida abundante, plena do Espírito Santos. Jesus veio para isso conforme Jo.10.10: “...Eu vim para que tenham vida com abundância.” Como está sua vida? Certa feita fui colher laranjas na fazenda de um amigo. Andamos bastante no cacaual em busca de uma laranjeira carregada de frutos viçosos. Até que enfim encontrei uma que, de tão carregada, os galhos se arriavam. As laranjas eram lindas e maduras. Ao vê-las, corri depressa em sua direção, iniciando a colheita com avidez. Sem saber porque, meu amigo começou a rir de minha inexperiência. É que aquelas eram conhecidas como “laranjas da terra”, amargas como fel. Quanta frustração! Infelizmente há muitos cristãos assim: Belos e atraentes por fora, feios e amargos por dentro. Suas vidas nada inspiram em matéria de comunhão com Deus na base da oração e leitura da Bíblia. Seus contatos resultam em muita frustração e tristeza em face da contradição entre o exterior e o interior.
O Senhor Jesus já previu tudo isso quando disse em Mt.7.21: “Nem todo que me diz Senhor, Senhor, entrará no reino do céu, mas aquele que faz a vontade do meu Pai que está nos céus." Pois bem, para os tais religiosos formais será terrível o “grito” da meia noite, anunciando a chegada do Noivo, conforme Mt.25.6. Suas “tochas” estarão apagadas, restando-lhes apenas a inutilidade da pressa em busca do necessário tarde demais. Neste ínterim, a porta se abre e fecha para sempre, acolhendo apenas os presentes preparados para o encontro. A qualquer momento tal parábola será realidade na vida de muitos que parecem mas não são verdadeiros servos de Deus, resultando num tremendo impacto para o mundo inteiro. Finalmente, aconteceu. É bom estarmos atentos para o que Jesus falou em Mt.15.8: “Esse povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.”
Você está preparado para a noite decisiva?

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